Saiba mais sobre esta ciência.

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Para entendermos sobre epigenética, vamos começar pelo princípio.

Epigenética, a Ciência Moderna
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A Epigenética refere-se à forma como os genes interagem com o meio ambiente.

Os genes são sequências específicas do DNA, onde consta toda a informação genética e hereditária de uma pessoa.

A genética é a ciência que estuda a hereditariedade, portanto é o estudo destes genes com atividade fixa dos seus mecanismos e as leis de transmissão das características de uma pessoa através das gerações.

A palavra epigenética vem do grego antigo onde, EPI corresponde ao nosso (“sobre” ou no sentido de “em cima”) portanto, epigenética é “aquilo que está por cima da genética”. Este termo foi utilizado pela primeira vez pelo biólogo Conrad Waddington, em 1940.

A Epigenética, assim como a genética, também é hereditária e cuida das alterações complexas que acontecem no DNA, mas que não altera a sequência já estabelecida do gene.

A ciência da epigenética foi descoberta a partir de estudos que confirmam a existência de genes com atividade não fixa, portanto, que sofrem alterações a partir dos fatores ambientais (externos) e que fazem parte da vida de uma pessoa, como:

·         Stress;

·         Temperatura;

·         Fome;

·         Poluentes;

·         Tabagismo;

·         Ingestão de álcool;

·         Sedentarismo;

·         Alimentação.

Mas como é que isso acontece?

Esta ação ocorre através de marcadores químicos que possuem a função de ligar e desligar a partir de fatores ambientais a expressão desses genes, isto é, ditam quanto e quando estes genes irão funcionar.

Todo este processo ocorre de forma natural em todo o organismo.

Existem alguns estudos que comprovam a ação da epigenética, um dos mais famosos é o chamado “O Inverno Holandês”.

Este estudo correlacionou a informação pré-natal de mulheres que tinham passado fome durante esse periodo com os dados após o nascimento dos bebés. Os resultados confirmaram que os bebés das mães que não tiveram as suas necessidades nutricionais garantidas durante a gestação, tinham um maior risco de desenvolver doenças crónicas, o risco cardiovascular era duas vezes superior comparativamente ao grupo de controlo e elevado um risco de distúrbios metabólicos como a obesidade, diabetes e cancro. (UNIVERSIDADE FERNANDO PESSOA, PORTO, 2014).

Podemos concluir que alterações no estilo de vida, tais como:

·         Alimentação saudável e equilibrada;

·         Prática de atividade física;

·         Hidratação;

·         Gestão do stress;

·         Bom sono e descanso,

São fatores primordiais que influenciam a epigenética a nosso favor, evitando assim doenças como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, cancro, entre outras.

Por fim, otimizar a nossa saúde e garantir o nosso bem-estar está relacionado com o modo como gerimos os fatores ambientais que nos rodeiam.